quarta-feira, 8 de abril de 2020

Restaurantes, mercados e chocolaterias do Rio usam o serviço delivery para garantir a Páscoa em tempos de isolamento!

Restaurantes, mercados e chocolaterias do Rio usam o serviço delivery para garantir a Páscoa em tempos de isolamento.




Em tempos de preocupação com a pandemia do novo coronavírus, quase não sobrou tempo para pensar nas celebrações da Semana Santa.

Mas quem não tem como sair de casa, no Rio de Janeiro, e não abre mão da tradição do almoço ou jantar com bacalhau e dos ovos de chocolate, poderá contar ao menos com uma Páscoa delivery.Com os restaurantes fechados e o Festival Mesa Santa - que se realizaria em abril, no período da Semana Santa - os comerciantes do Mercado Municipal do Rio de Janeiro (Cadeg), em Benfica, tiveram de se reinventar e buscar a tecnologia para evitar prejuízo ainda maior.

E eles não vão deixar os clientes desamparados durante a Semana Santa e na celebração do domingo de Páscoa.

Lojas como o Empório Gourmet e a distribuidora de alimentos Melhor Compra oferecem em seus sites produtos e nas redes sociais serviços de entrega em domicílio para quem quiser cozinhar em casa: bacalhau, azeite, azeitonas, queijos, vinhos e alimentos importados, além de frutas e legumes.

O sócio das lojas e presidente do Cadeg, Marcelo Penna, disse que grande parte dos comerciantes do centro de abastecimento teve de buscar novas formas de trabalhar. Segundo ele, o prejuízo dos lojistas com a falta de consumidores é de cerca de 70%.
"Não fechamos e continuamos atendendo nossos clientes, que são hotéis, pequenos bares e restaurantes e pequenos comerciantes. Nosso forte era a compra presencial. Mas agora, estamos trabalhando com redes sociais e com entregas. Começamos atendendo só o entorno, mas agora já entregamos em quase toda a cidade. Está todo mundo se adaptando aos novos tempos", disse
Armed Nemr, dono do restaurante Costelão, disse que teve de ser criativo para não demitir funcionários e reduzir os danos financeiros.

Ele disse que vai continuar cozinhando nesta Páscoa como se estivesse com o restaurante aberto. Só que em vez de servir mesas, ele está entregando na casa dos clientes. Ele disse que recebe encomendas para entregas até no mesmo dia. Algumas entregas são feitas por ele mesmo.

"As pessoas fazem encomendas pelo site e até eu mesmo saio para entregar. Investi na contratação de motoboys e acho que esse é o futuro. Já tentei utilizar plataformas de delivery, mas não deu certo. Depois da crise eu volto ao cardápio normal, mas devo continuar com o serviço de entregas."
Telefone para avisar clientes


João Mendonça, dono do restaurante Corujão, também elaborou um cardápio especial para a Páscoa - que atende uma, duas, três ou quatro pessoas - , que divulga através de ligações para seus 1.800 clientes listados. O Corujão não está nas redes sociais.

Comércio de chocolates
Com o comércio fechado, as redes de lojas de chocolates tradicionais, como Kopenhagen e Cacau Show, que ficavam abarrotadas de produtos e compradores nesta época do ano, apelaram para as redes sociais, descontos e entregas em domicílio. O objetivo é reduzir um pouco o prejuízo.


A Kopenhagen, por exemplo, está dando 30% de desconto em todos os produtos da linha da Páscoa. As encomendas podem ser feitas pelo site e as entregas, ficam a cargo das plataformas Rappi e Ifood.
Mas com tamanha procura, as encomendas só vão chegar após o Domingo de Páscoa (12). Quem não quiser esperar, pode optar pelo esquema de 'drive thru', com a entrega sendo realizada na loja mais próxima do cliente.


A procura também é grande na Cacau Show e as entregas a partir desta quarta-feira (8) só devem chegar para os clientes na semana que vem, a partir do dia 13. A rede está oferecendo 50% de desconto na compra da segunda unidade do Ovo Dreams, entre outras promoções. Nas compras acima de R$140 não há cobrança de frete. E o cliente ainda pode optar pelo sistema 'drive thru', de pegar a encomenda na loja mais próxima.
Dona de uma fábrica de chocolate artesanal, Elizabeth Garder, da Beth Chocolates já tinha dado férias aos funcionários e em 35 anos, passaria a primeira Páscoa sem vender. No entanto, teve que mudar de ideia e atender ao clientes. Os preços são os mesmos do ano passado, segundo ela.

"Os pedidos foram tantos, que não tive como recusar. Aproveitei que tinha material estocado e estou produzindo ovos pelo mesmo preço praticado no ano passado.Contratei uma pessoa para fazer as entregas."

Beth acredita que por causa da pandemia do coronavírus, as pessoas despertaram para a Páscoa em cima da hora.


"Também não estava no clima, mas depois pensei que temos de fazer a nossa parte para garantir os empregos das pessoas. Acho que esse é o espírito da Páscoa", disse.

Por: Alba Valéria Mendonça

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